segunda-feira, 15 de março de 2010

A cidade está escura, e o relógio está parado.
Apagam-se as luzes em mim quando paro no tempo que foi.
Amarras que não se desatam da chuva que teima em escorrer, escondidas pelo triste sorriso solar.
Encobrir.
Atrás dos prédios camuflados, pessoas que não são.
Pelo caminho, o dia nasce e a noite morre. Teimam os dias em continuar, assim, sem mais, sem sentido.
Falta a descoberta que se esconde na esquina que não se vê. Falta isso.
O cansaço de fingir ser o que não se é, para mais tarde ser o que devia ter sido. Espero por isso...
A linha ténue entre o apetecer gritar e o calar sentimentos. Porque é assim que tem que ser, é assim que supostamente sou. E é assim que calco as feridas, e espero alcançar não sei bem o quê.
Sorrir, quando as lágrimas são o espelho.
Saltar, quando o chão treme por baixo.
Caminhar, quando o cair me tenta.

A cidade continuará escura, mas verá sempre a minha luz.
É a minha solução.
Preciso de mudar, mas não sei como!



A esperança ainda atravessa as estradas comigo.