quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Sem,

Uma paixão ardente de um dia chuvoso, um dia em que as nuvens cobriam o sol, ao longe, de uma falsa crença que sorria. Distante de tudo, daquele parque escurecido pelo verde petulante de relva molhada.
Uma simples paixão.
As conversas motivadoras, as palavras sentidas sem pronúncia nem entoação, as vidas trocadas por um momento de sedução impossível de impedir. Não queria saber do passado e o futuro não me atravessava o pensamento. Era ali e agora. Um só.
O beijo esperançosamente trocado, o toque sentido sem consequência, a realidade esquecida e impensável. Fizeste crer a possibilidade de não ser como era. Escondeste em ti, sem, no entanto, te esqueceres de mim, a expectativa que queríamos, mas que foste incapaz de abraçar.
Foi um momento, sem momentos.
Vibrantes estrelas abriam estradas de pó fictício, a viagem sem destino mas com um regresso ao nada!
Sou a tentativa esmorecida de ti. Estás tão longe que me cansas, agora. Tão distante que se esquece em mim a tua presença. Tão ausente que não és.
Desapareceste lentamente em pedaços dilacerados nas horas de sentir... Saíste, e eu também!


Disfarço-me assim...

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