sábado, 28 de abril de 2007

Continuas.

Espero que o vento te bata na cara e te acorde.
Espero que as nuvens se fechem e te adormeçam.
Espero-te. Mas sei o que não quero.
Não sei se terei paciência para te ter todos os dias.
E muito menos para te ver. Não me canso de te olhar, mas não me quero cansar.
És algo. Mas nunca serás.
Porque tens a lua… E eu também tenho o sol… Mas não temos agora.
Sento-me nas escadas e olho o tempo, revivo momentos de verão e anseio por eles, talvez porque espero que estejas a meu lado, ou talvez porque sei que aí poderás ser feliz (quanto a mim é uma esperança longínqua…). A tua lua chegará nessa altura, e o meu sol também.
Destinada mente que nos leva a ambos para o inatingível e nos cega de uma esperança inconcebível. Sabemos que nem a lua te pode embrulhar na noite, nem o sol me pode enternecer na vida… Mas transmitem uma separação inegável...
Mas eu convivo com resignação, tu ainda acreditas serenamente num destino pacífico… Eu perdi, após as tais “cinco primaveras”…
Estás comigo, não vou resistir. Por enquanto… Mas também não vou deixar que o teu sorriso me prenda, não para já…

Amigo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gosto em ti essa independencia que sempre te acompanhou. A liberdade que colocaste na tua vida, e quem te tocar, tem que ser mesmo alguem especial, capaz de te fazer estremecer. Beijo grande Ritinha